O movimento "Salve-se Quem Puder" foi criado pelos estudantes da área de saúde da UnB em virtude das condições atuais em que se encontra o Hospital Universitário de Brasília. O movimento é organizado pelos Centros Acadêmicos de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Nutrição e Odontologia, e visa a conseguir as melhorias necessárias para que o HUB possa prover atendimento de qualidade à população do DF. Se você é estudante da UnB, da saúde ou não, ou um usuário do HUB, ajude-nos a te ajudar. Participe!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Caem duas placas do teto do HUB. Ninguém se feriu

Notícia publicada ontem (30/08/2010) no site da UnB:


As peças caíram do teto da Enfermaria da Clínica Médica por volta das 10h30, e já foram repostas

Juliana Braga - Da Secretaria de Comunicação da UnB



As duas placas de gesso que caíram do teto da Enfermaria da Clínica Médica do Hospital Universitário (HUB) já foram repostas. As peças gesso caíram por volta das 10h30 da manhã e assustaram alunos e pacientes que estavam no local. Ninguém ficou ferido.

Segundo o diretor do HUB, Gustavo Romero, as peças devem ter caído devido à mudança de temperatura que faz com que as peças se contraiam e dilatem e assim, desencaixem do teto. “O teto lá é feito com divisórias. Com a mudança de temperatura, essas peças desencaixam”, explica. As placas de gesso caíram durante a tarde e, segundo o diretor, o problema já está resolvido.

A estudante do 5º semestre de Medicina Daniela Carla da Costa estava na Enfermaria no momento do acidente. “Estava dentro de uma sala atendendo um paciente e de repente ouvi um barulho muito forte. Quando saí para ver o que era, vi os pedaços do teto no chão”, conta. Segundo ela, as cerca de 50 pessoas que estavam lá ficaram assustadas, mas ninguém se feriu.

Daniela diz que os alunos se sentem inseguros de ter aulas no HUB. “Naquela área passa até paciente em maca. Foi muita sorte ninguém ter-se machucado”, reclama. Segundo ela, a insegurança aumenta porque não é a primeira vez que uma situação dessas acontece. Em 2008, rachaduras no piso do Pronto Socorro fizeram com que o local fosse interditado, e até hoje a unidade ainda não voltou a funcionar.

fonte

Histórico do HUB

Para maiores esclarecimentos:


Pronto Socorro do HUB: história de uma crise estruturante e transformadora

Gustavo Romero



Resgato neste espaço a memória recente do Pronto Socorro do Hospital Universitário de Brasília (HUB), com a intenção de destacar as características dos problemas enfrentados no caminho da sua reabertura, sob a ótica de observador privilegiado que a postura de administrador do HUB me permite.

Quando cheguei a Brasília em 1993 para iniciar a pós-graduação em Medicina Tropical na Universidade de Brasília, tive a oportunidade de rapidamente entrar em contato com a realidade do centro de pronto atendimento do HUB. Já naquela época fiquei impressionado com a situação precária vivenciada pelos pacientes e profissionais, inclusive com pacientes atendidos no chão. No entanto, também tive a nítida impressão de que sempre havia uma equipe que, apesar da precariedade da infra-estrutura física, dedicava-se com esmero a recuperar a saúde dos pacientes.

De 1993 até 2008 houve mudanças substanciais: o centro mudou de localização, do serviço da unidade I para a unidade II, com melhoria das condições da atenção. Porém, sem atender plenamente às necessidades de infraestrutura, equipamentos e, sobretudo, sem a definição clara dos fluxos e prioridades de atendimento. Em 2006, a situação era extremamente preocupante e a então diretora do HUB, professora Tânia Torres, convidou para assumir a coordenação do centro a doutora Elza Noronha. Ela assumiu o desafio de liderar uma reestruturação que começou pela revisão do modelo de relacionamento com as outras unidades do HUB, passando de um local onde se executavam tarefas prescritas pelos especialistas, sem maior participação da equipe própria do centro, à constituição de uma unidade com identidade própria no caminho de se estabelecer plenamente como planejadora do cuidado de urgência/emergência no âmbito do HUB.

Infelizmente, esse processo de transformação foi abortado em maio de 2008, quando o centro de pronto atendimento teve que ser fechado por problemas de afundamento do piso que colocavam em risco a segurança de pacientes e trabalhadores.

A partir do fechamento, a administração do HUB empenhou-se em encontrar uma solução provisória para o pronto socorro pediátrico, que passou a funcionar na unidade I, para reduzir o impacto negativo em uma área que apresenta escassez maior de serviços de urgência e emergência no Distrito Federal.

Começou então a difícil tarefa de identificar a magnitude do problema do prédio, concluindo-se que a infraestrutura estava preservada, mas que haveria necessidade de demolir as paredes da unidade e levantar o piso completamente para se ter um diagnóstico mais apurado da intervenção que seria necessária. A demolição da estrutura interna revelou que uma boa parte do CPA deveria ser aterrada novamente, e que os sistemas de distribuição de água e esgoto tinham que ser readequados.

Com este diagnóstico, iniciou-se o desenvolvimento do novo projeto para a reconstrução do CPA, que incluiu o levantamento de necessidades, desta vez com atenção redobrada para o cumprimento da legislação e normas vigentes para a construção de serviços de saúde e, sobretudo, tendo como marco a colaboração multiprofissional para apresentar à comunidade do Distrito Federal um centro que cumprisse plenamente as diretrizes da Política Nacional de Humanização.

Paralelamente, o HUB iniciou a estruturação do Serviço de Arquitetura Hospitalar dentro da Divisão de Engenharia Clínica, em parceria com o Centro de Planejamento Oscar Niemeyer da UnB, para desenvolver e, principalmente, qualificar os projetos de modernização da infraestrutura do HUB dentro do plano de reformas aprovado pela administração pro tempore e referendado pela atual administração da UnB. A caminhada para estruturar e profissionalizar o tratamento dado pelo HUB às questões de infraestrutura e uso do espaço no hospital tem sido extremamente frutífera, se considerarmos que o hábito de construir “puxadinhos” para resolver problemas estruturais foi interrompido, ao mesmo tempo em que a cultura de discutir tecnicamente as necessidades foi se estabelecendo com a criação e fortalecimento da atuação da Comissão do Plano Diretor, constituída em caráter permanente com a parceria do CEPLAN e da Prefeitura do Campus.

Houve pelo menos duas tentativas de contratação de serviços no mercado para o desenvolvimento dos projetos executivos e complementares do CPA que permitissem a abertura do processo licitatório. Os serviços oferecidos não foram satisfatórios, o que levou ao cancelamento dessas contratações e representou um atraso no cronograma inicialmente previsto para o início das obras. Finalmente, a parceria com o Labproj da Faculdade de Tecnologia permitiu criar a expectativa concreta de abertura do processo licitatório para a última semana de outubro – o que permite prever o início das obras para o primeiro semestre de 2011.

O novo projeto introduz práticas inovadoras no HUB, que abrangem a participação multiprofissional e interdisciplinar efetiva no âmbito da Política Nacional de Humanização; a organização física das atividades que garante o uso racional do espaço com definição clara de fluxos e prioridades de atendimento de acordo com a gravidade da situação enfrentada por cada paciente; ambiência adequada para as salas de espera; salas de reunião; área de repouso e conforto térmico.

Resolvida a questão dos encaminhamentos para executar a reforma, novos desafios aparecem no horizonte para o funcionamento efetivo do novo Centro de Pronto Atendimento do HUB. Eis que o processo, além de novo, deve ser transformador para a longa espera valer a pena.

O primeiro aspecto inovador do processo de implantação do novo CPA tem as suas referências no grupo de trabalho constituído para consolidar a proposta com participação multiprofissional abrangente. O apoio recebido das Faculdades de Ciências da Saúde, de Medicina e do Campus de Ceilândia promete frutificar na expressão de novas práticas onde o respeito e reconhecimento da interdependência entre os profissionais de saúde leve a relações cada vez mais horizontais e equânimes, criando um cenário humano “saudável” para a recuperação da saúde dos usuários do novo centro.

O segundo aspecto relevante é o tratamento que a UnB dará ao novo CPA em relação à priorização do investimento em recursos humanos necessários para a sua implantação. Hoje, o HUB não conta com o quantitativo de pessoas adequado para o funcionamento do novo projeto. Em breve, apresentaremos à administração superior da UnB as características quantitativas e qualitativas do quadro de pessoas necessário para a entrada em funcionamento da unidade no segundo semestre de 2011.

O terceiro aspecto a ser considerado é a pactuação com o gestor local do Sistema Único de Saúde para a definição do perfil e capacidade de funcionamento do novo centro. Este ponto é essencial para a inserção efetiva do CPA do HUB na rede de atenção à saúde do Distrito Federal.

Finalmente, cabe lembrar que o ensino em serviço para os futuros profissionais de saúde no âmbito hospitalar constitui uma parte da sua formação e que o novo CPA do Hospital não oferecerá todo o leque de experiências necessárias para esse processo formativo. As unidades acadêmicas da UnB que utilizam o HUB terão que considerar, tendo como marco as diretrizes curriculares emanadas do Ministério da Educação, a necessidade de novos cenários de ensino em serviço que ofereçam experiências na atenção primária e também em áreas de maior complexidade para as quais o HUB não tem vocação, notadamente o atendimento às urgências e emergências na área de traumatologia.

Esta análise breve dos acontecimentos e das ações realizadas para reabrir o CPA de adultos do HUB mostra claramente que o processo vivenciado até o momento nesse caminho está inserido em outro processo de revisão de velhos conceitos do papel do HUB na formação dos estudantes da área da saúde e de revisão das relações entre profissionais e entre diversas disciplinas, cujo fruto inevitável e feliz será uma unidade de pronto atendimento transformadora e transformada.


fonte

ATO PELO HUB

Segue matéria do correioweb:

Estudantes de medicina da UnB protestam por reforma do pronto-socorro do HUB

Com informações de Naira Trindade


Cerca de 100 estudantes de medicina da Universidade de Brasília fizeram na manhã desta quinta-feira (26/8) uma manifestação em frente ao Hospital Universitário de Brasília. Eles usaram narizes de palhaço e pintaram frases de protesto nos tapumes que cercam a área do atendimento de emergência da instituição. Os jovens caminharam até o prédio da reitoria da universidade para entregar um ofício com as reivindicações.

O grupo reivindica a reabertura urgente do pronto-socorro, que teve as paredes demolidas e está fechado há cerca de dois anos e meio à espera de reforma. Os universitários alegam que é de extrema importância – para aumentar a experiência e o nível de conhecimento – lidar com pacientes que chegam acidentados, à beira da morte, por exemplo. Até agora, eles não têm contato com esse público.

A demora da reforma é justificada pelo diretor do HUB, Gustavo Romero, pelo atraso legal dos trâmites burocráticos do processo licitatório. A expectativa para o início das obras é no primeiro semestre de 2011.


fonte


Outras reportagens sobre o ATO:

Site da UnB

Campus Online

Site do HUB (Sobre essa matéria acho importante ressaltar que NÃO FOI FEITA NENHUMA PICHAÇÃO DURANTE O ATO-JÁ ESTAVAM LÁ E NÃO SABEMOS QUEM FOI)